QUANDO A EDUCAÇÃO CIVILIZA: PROPOSIÇÕES SOBRE A ESCOLA RURAL PEDRO II (PARÁ, ANOS DE 1860)

A proposta deste texto é analisar o processo de implantação da escola rural D. Pedro II, estabelecida na fazenda provincial Pinheiro, nas proximidades de Belém, como um dos grandes “feitos” do governo paraense, quando se tratava do desenvolvimento e futuro próspero da agricultura na região amazônica...

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: CNPq, Nunes, Francivaldo Alves
Formato: Artículo publishedVersion
Lenguaje:Portugués
Publicado: Revista HISTEDBR On-Line 2015
Materias:
Acceso en línea:https://www.fe.unicamp.br/revistas/ged/histedbr/article/view/5737
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-049&d=article5737oai
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Sumario:A proposta deste texto é analisar o processo de implantação da escola rural D. Pedro II, estabelecida na fazenda provincial Pinheiro, nas proximidades de Belém, como um dos grandes “feitos” do governo paraense, quando se tratava do desenvolvimento e futuro próspero da agricultura na região amazônica e no que se convencionou chamar de “civilização dos hábitos rurais”. Esta instituição de ensino marcava um embate entre as ações costumeiras dos colonos e os discursos de civilidade empreendidos pelo governo provincial, que tinha na própria estrutura administrativa da escola seus representantes mais diretos. Assim, a escola era utilizada como instrumento de defesa de valores e interesses do governo provincial, uma vez que as proposições para este espaço posicionava esta instituição de ensino agrário para divulgação de ideias quanto a superioridade da prática agrícola em relação à extrativa, em uma visível demonstração da necessidade de ampliar as áreas de produção de alimentos na província e assegurar a permanência dos colonos nestas áreas de cultivo. Estas questões a serem desveladas, se constituem, portanto, como necessariamente importante para entendermos o processo de formação de um discurso que apresenta a educação como estratégia de civilizar as populações rurais amazônicas.