O habitat de significado do não-lugar como espaço político e performativo concreto

A crítica ao conceito de não-lugar parte da constatação de ele ser estéril quando a etnografia o desmonta e o declara como lugar identitário. Assim, ensaia-se a possibilidade de o não-lugar ser conceitualizado como um lugar antropológico que urge trabalhar etnograficamente. Para tal, propõe-se a opo...

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Detalles Bibliográficos
Autor principal: Ricardo Seiça Salgado
Formato: Artículo científico
Publicado: Universidade Federal de Goiás 2013
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Acceso en línea:http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=70329744005
http://biblioteca.clacso.edu.ar/gsdl/cgi-bin/library.cgi?a=d&c=br/br-045&d=70329744005oai
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Sumario:A crítica ao conceito de não-lugar parte da constatação de ele ser estéril quando a etnografia o desmonta e o declara como lugar identitário. Assim, ensaia-se a possibilidade de o não-lugar ser conceitualizado como um lugar antropológico que urge trabalhar etnograficamente. Para tal, propõe-se a oposição entre habitat de significado e habitat não-significativo como alternativa conceitual que deriva parcialmente da formulação de lugar antropológico e não-lugar de Augé. Argumenta-se que o não- -lugar, como espaço político e performativo concreto, poderá ser o espaço vivido de habitats de significado que configuram realidades socioculturais frágeis. São realidades invisibilizadas por medidas legais das democracias que reproduzem uma relação de exceção (formulada por Agamben) e são imanentes da precariedade que caracteriza a nossa época. Procura-se que o conceito sirva operatoriamente a todas as épocas históricas e para variados contextos socioculturais.